A prata avançou até 1,9% nesta segunda-feira (14), alcançando US$ 39 por onça, o maior patamar em quase 14 anos. O rali é impulsionado pela procura de investidores por alternativas ao ouro, cujos preços estão perto de recordes, e pela crescente escassez física do metal.
O custo anualizado para empréstimo da prata saltou para mais de 6%, reflexo da forte demanda e da baixa oferta, especialmente em Londres, onde grande parte do metal está atrelada a ETFs e fora de circulação ativa. Desde fevereiro, os estoques desses fundos cresceram cerca de 2.570 toneladas.
Com o ouro em alta e menos acessível, a prata tem sido a escolha de investidores cautelosos diante de riscos geopolíticos e ameaças comerciais, como as novas tarifas anunciadas por Donald Trump sobre produtos do México — maior produtor mundial de prata. Apesar da prata estar, por ora, isenta dessas taxas, há temores de que essa proteção seja suspensa.
O metal acumula valorização de 35% em 2025, contra 28% do ouro, e segue em déficit de oferta pelo quinto ano consecutivo, segundo o The Silver Institute. Além de ativo de proteção, a prata é cada vez mais usada industrialmente, como na fabricação de painéis solares — tendência que fortalece ainda mais seu valor estratégico.
O movimento reforça a prata como ativo relevante não só para quem busca proteção, mas também para investidores atentos à transição energética e às tensões globais.
