O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) afirmou que, sem a aprovação da Medida Provisória (MP) do corte de gastos, o governo Lula terá dificuldades para fechar as contas públicas em 2025. O parlamentar deve ser oficializado como relator da MP na próxima semana e acredita que a judicialização do IOF não comprometerá a tramitação.
Segundo Zarattini, caso a MP não avance, o Executivo terá que realizar um contingenciamento que pode atingir inclusive áreas sensíveis como saúde, educação e as emendas parlamentares. A proposta trata principalmente de ajustes no imposto de renda de aplicações financeiras e empresas, com foco em elevar a arrecadação.
O deputado afirma que haverá resistência de setores como o agronegócio e a construção civil, mas argumenta que parte dos títulos de crédito rural e imobiliário beneficiam setores alheios ao destino original das isenções. A estratégia será negociar sem comprometer as medidas de maior impacto arrecadatório.
Para Zarattini, o momento é de tensão entre Congresso e governo, mas ele acredita na retomada do diálogo. Destaca que a base aliada segue comprometida com a governabilidade, mesmo com a proximidade das eleições de 2026.
Caso a MP não seja aprovada, o governo terá de cortar despesas para evitar irregularidades fiscais, o que pode travar operações da máquina pública e prejudicar serviços essenciais, elevando a pressão popular e política.



